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Recomendação de leitura: Formador de Heróis. Crescer depende de pessoas preparadas e não de outros recursos.

Recomendação de leitura: Formador de Heróis. Crescer depende de pessoas preparadas e não de outros recursos.
Renato Osvaldo Bretzke
abr. 1 - 6 min de leitura
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Sou grato aos Pr. Eliel Messias e Mateus Kalupnieks por me presentearem com um exemplar deste livro. Mais ainda, por conjuntamente poder discutir a aplicação dele como ferramenta de desenvolvimento organizacional e ministerial.

Em tempo que virou moda falar em crescimento exponencial e com principal foco em infoprodutos, quase nos tornamos reféns de que a economia e as possibilidades são as mesmas, tanto em segmentos que dependem de moléculas de carbono (a chamada economia real) como de bites e bytes (a chamada nova economia).  Erroneamente somos induzidos a pensar que as oportunidades estão exclusivamente no mundo on-line, nos esquecendo que a forma digital é apenas uma nova tecnologia que acelera as informações e os processos, da mesma forma que no passado o trem, o telegrafo, o telefone, a televisão e outras tantas tecnologias causaram disrupções e aceleraram o mundo dos negócios.  Na essência, o que precisamos é entregar valor para quem está adquirindo.  E como negócios BAM, valores éticos e baseados na visão que Deus teve para a economia e relacionamentos.

Os autores Dave Ferguson e Warren Bird descrevem suas experiências e estudos na área de formação de lideres para apresentarem a sua forma de trabalhar com a necessidade de crescimento acelerado. A partir do foco em multiplicação, comparado com uma visão tradicional de adição ou divisão.  Não se trata de somar para dividir, ou dividir para crescer. E sim de uma intencionalidade de formar lideres autônomos, empoderados, capacitados e novamente intencionais em formar novos lideres para poderem fazer o empreendimento crescer exponencialmente.

Os autores iniciam questionando as práticas existentes nas igrejas (e podemos comparar com qualquer outro tipo de empreendimento) em seu desempenho frente ao que costumamos chamar de missão e visão, bem como quanto aos objetivos estratégicos e ações que decorrem. Prática esta centrada em fazer com que um lider tenha toda a atenção da equipe, dos recursos para que possa ser bem sucedido na sua jornada.  Comparativamente os autores mostram como Jesus, o nosso mestre, se comportou ao desenvolver o seu empreendimento. O quanto dedicou em formar 70 e de forma mais próxima os 12 para que pudessem levar adiante a missão, "fazendo coisas maiores". E estes, por sua vez, multiplicando para milhares de outros.

Demonstram ainda que um erro dos lideres é querer serem os heróis ao invés de formar outros lideres que se tornem os heróis, que irão formar outros lideres que se tornarão os heróis, e assim sucessivamente. Admoestam para uma autoanalise diária sobre este ponto: fomos heróis ou formamos heróis?

Ensinam que para podermos formar os novos lideres, temos que aprender a fazer as perguntas certas. E aqui fundamenta-se um dos grandes princípios de empresas que constroem o Reino de Deus das empresas que adotam valores do Reino.  A pergunta crucial é pedir que Deus revele claramente o que deve ser feito para que a organização colabora no desenvolvimento do Reino de Deus, e não na construção de vários pequenos reinados próprios.

Na continuidade da leitura somos admoestados a pensarmos grande, globalmente, e conhecer que se somos verdadeiros cristãos, e temos Cristo em nós, e ainda estamos fazendo a vontade dEle, não teremos falta de recursos. Repito, não teremos falta de recursos de nenhuma espécie, pois Ele providenciará. Cita vários exemplos desta natureza. 

As etapas para formar as novas lideranças descritas no livro são:

a) Autorizar o outro a ser um líder. E esta autorização se dá por expressar a confiança, despertar a autoconfiança, demonstrar os dons e talentos que se vê no outro e despertar estes dons e talentos. Sempre submetendo tudo a vontade de Deus, para que Ele revele ao outro o que tem preparado para ele.

b) intencionalmente fazer com que todos na organização tenham um "aprendiz" e que este aprendiz tem um processo a ser seguido, bem como um compromisso de ao final do processo formar novos lideres com os mesmos princípios e valores. Ou seja, multiplicar conhecimentos e competências.

c) o processo é muito simples: eu faço, você me acompanha e nós conversamos; nós fizemos juntos e conversamos; você faz, eu acompanho, e conversamos; você faz sozinho; você escolhe um liderado para repetir o processo.

d) Ativar os dons e comissionar para a atividade. consiste em formalizar, empoderar e acompanhar os novos lideres para a tarefa que está sendo proposto. E em muitas vezes fazer com que o novo líder escolha onde e como quer desempenhar esta atividade. 

e) estabelecer um processo de sete etapas para criar uma cultura de herois: declare (seu sonho, sua missão, sua meta, etc); faça (para ser um exemplo e aprender como fazer); reafirme; ensine; reconheça; repita; institucionalize. 

Os autores tem desenvolvido o estudo aplicado para igrejas. Intencionalmente mudei o termo para empreendimentos ou organizações porque se aplica para qualquer empresa.  Tenho utilizado estes princípios em projetos de consultoria que temos executado e os resultados são fantásticos. Além de aliviar o clima organizacional em empresas que estão em processo de turnaround, desperta senso de equipe e engajamento pelo fato de despertar o valor individual e coletivo.  Também permite um compartilhar de cargas (leia-se tarefas, responsabilidades, objetivos) por reconhecer as potencialidades de todos e descobrir novas lideranças que estavam ocultas ou apáticas.

Por isso tudo, esta é mais uma recomendação de leitura. 


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