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Contradições geram inovação ou inércia? parte I

Contradições geram inovação ou inércia? parte I
Dongley Martins
out. 17 - 7 min de leitura
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A contradição é uma ótima fonte inspiração para inovação e os conselheiros são uma parte fundamental delas.

Após uma viagem ao Vale do Silício, nos EUA, tive a paciência de digerir e esperar 60 dias para colocar este pensamento em palavras, porque, o impacto quando saímos do Brasil para visitar outras nações, particularmente EUA, China, Israel e outras tantas que tem trabalhado para gerar inovação, é muito grande. De um lado um misto de fim do mundo para nós, os tupiniquins, de outro, um misto de incompetência para nós, os latinos, e no fim, a vida como ela é, alguns sempre estão na frente e outros sempre estão atrás, e não quero parecer pessimista, prefiro ser fatalista e observar como as coisas são de fato. A bíblia nos ensina a colocar nossa confiança no Deus da nossa salvação e não nas coisas deste mundo, por isso, parei por 60 dias para refletir como as coisas estão distorcidas e como que empresários cristãos como nós, temos a missão de expandir o Reino de Deus por meio de nossas ações, chamado e vocação.

Meu objetivo na última viagem de pesquisa era ver como andava a cultura no Vale do Silício, então, sai daqui de Curitiba e me juntei a um grupo de cerca de 10 pessoas e fui para lá. Para entender a cultura de um lugar, seja ela de uma cidade ou de uma empresa, você precisa ir para lá e viver a vida do povo ou o dia a dia da organização.

Em algumas partes do mundo, como no Vale do Silício e nas empresas daquela região, para assimilar a cultura, basta uma semana intensa de imersão que você vai se deparar com a cultura transpirando no lugar e com muitas contradições que, ou te levarão para um sonho ou te desafiarão a uma reflexão profunda.

Nesta jornada pelo Vale, me deparei com duas cenas que me levaram a fazer uma profunda reflexão. A primeira foi ver a quantidade de homeless, como são chamados os moradores de rua por lá, e que, para dizer o mínimo, me deixou chocado.mA segunda, foi ver os modelos de autossuficiência que grandes corporações do mundo digital têm criado.

Vamos olhar um de cada vez porque em um primeiro olhar, eles podem não aparentar manter conexão entre eles, mas em minha percepção, mantém e nos levam a palavra de Deus, para refletir se estão equilibradas ou se existe de fato uma grande contradição no fato.

Comecemos pelos homeless (parte 1) e vamos então pensar como é possível existir milhares de moradores de rua, em um estado com mais de 900 mil habitantes, que se fosse um país, seria uma das maiores economias do mundo. Além disso, escutamos por toda parte que existem quase duas centenas de bilhões de dólares disponíveis para serem investidos em startups que consigam resolver a “DOR de pessoas”.

Então, neste ponto comecei a ficar chocado, porque, não existe dor maior na vida de alguém do que perder a sua dignidade, ou alguém acredita que morar na rua é uma escolha consciente e lógica? Se você ainda está pensando na resposta, vou adiantar, não, não é uma escolha. O ser humano, em qualquer parte do mundo, em qualquer cultura, busca intensamente resolver os problemas de base, aquele identificado na pirâmide de Maslow, aquela mesma que diz que as pessoas precisam comer, vestir e morar, como sendo a necessidade mais básica de uma pessoa.

Sendo assim, com base nas teorias de Maslow, uma pessoa normal, busca satisfazer estas necessidades, dando sua própria vida, não como Jesus fez, mas para sobreviver contra a morte.

Então, uma conclusão simples e rápida é que existe uma dor, existe dinheiro e existem pessoas brilhantes no Vale, mas parece que não estão resolvendo.

Este quadro acontece lá e em muitas outras partes do mundo, onde a realidade: DOR + DINHEIRO + BRILHANTISMO é igual, mas a dúvida persiste: Cade a solução? Outra “coincidência” destes lugares é a pós modernidade e a ausência de Fé genuína.

Será que estamos diante de uma cultura ou sociedade que perdeu a capacidade de ser impactada por cenas como estas ou será que estamos diante de uma dor insolucionável, ou estamos anestesiados e a dor já não é tão dolorida para os que veem?

Se estamos diante de uma sociedade com a mente cauterizada e que acredita que isso não é nosso problema, o mundo será muito pior a cada dia que passa, pois as causas das pessoas não nos mobilizarão mais, mas a causa centra de Deus por meio de Jesus é resgatar as pessoas, e a ideia de que existe uma geração movida por propósito chegando, que troca de empresa apenas por discordar do "propósito" da organização, neste caso, esta “verdade” não seria bem assim, e isso pode ser uma oportunidade e um risco, pois poderíamos estar diante do fato de poder questionar as milhares de iniciativas de retenção de pessoas nas empresas, que além de custarem milhares de dinheiros, tiram o sono dos CEO’s e dos Conselheiros das organizações.

Mas se isso é verdade, as pessoas de qualquer geração, estão preocupadas consigo mesmas e que se dane o próximo, mas a bíblia diz exatamente o contrário em Mateus 22: 37-39

37Respondeu Jesus: " 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'.

38Este é o primeiro e maior mandamento.

39E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'.

Quem é o seu próximo? A Bíblia responde em uma parábola das mais incríveis em Lucas 10: 29-37

29Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
30E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.

37E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.

A pergunta é: Quem cuidará do seu próximo? Quem perceberá a dor e resolverá o problema?

Você foi chamado para mudar esta realidade por meio de uma atuação empresarial coerente com a palavra de Deus e que impactará a sociedade onde está inserido.

Esta é uma preocupação legitima que está rondando a mente de muitas empresas de impacto, mas antes de tudo deve ser a nossa!


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